Workshop Final do Projeto de Investigação "Eye in the Sky" para apoio à decisão em operações de combate a incêndios rurais
No dia 15 de dezembro, ocorreu o Workshop Final do Projeto de Investigação "Eye in the Sky" para apoio à decisão em operações de combate a incêndios rurais no Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais no Aeródromo da Lousã, em resultado de um consórcio entre o IDMEC, a ADAI e o Instituto de Telecomunicações.
No passado dia 15 de dezembro, ocorreu o Workshop Final do Projeto de Investigação "Eye in the Sky" para apoio à decisão em operações de combate a incêndios rurais no Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais no Aeródromo da Lousã, em resultado de um consórcio entre o Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC), a Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) e o Instituto de Telecomunicações.
O projeto de investigação "Eye in the Sky" faz uso de um balão de alta altitude para deteção e monitorização de incêndios rurais, em combinação com um drone para vigilância mais apertada, realizando um leque de funções necessárias antes, durante e após um incêndio rural. A operação do balão a grande altitude permite ter uma visão integrada do perímetro do incêndio e da área ardida, bem como reforçar o sistema de comunicações no teatro de operações, servindo como uma antena de repetição de sinal. A solução "Eye in the Sky" é, em certa medida, comparável a um minissatélite dedicado a uma ocorrência ou a uma zona de interesse, permitindo um tempo de operação de várias horas, sem interferir com outros meios aéreos usados na gestão da ocorrência.
Este projeto de investigação "Eye in the Sky" resulta de um consórcio de 3 entidades, com financiamento da FCT durante os últimos 4 anos. Nomeadamente, o IDMEC do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, a ADAI da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, e ainda, o Instituto de Telecomunicações.
Alexandra Moutinho, investigadora principal do DEM, destacou a importância deste projeto. "É um projeto de investigação em que se pretende fazer uma prova de conceito da vantagem que é combinar balões de alta altitude com drones, neste caso uma asa voadora, para se ter uma grande abrangência e uma grande capacidade de visão e comunicações para monitorização ambiental e vigilância". O balão pode ir até aos 35 km de altitude (estratosfera), e o drone pode ser largado durante a sua ascensão, a qualquer altitude, como 5 km ou 10 km, o que permite uma grande capacidade de visão.
Alexandra Moutinho sublinhou também o potencial impacto deste projeto. "Este tipo de tecnologia tem o seu tempo de maturação, principalmente sendo desenvolvida ao nível das Universidades. Acabou aqui o financiamento, mas [o projeto] não vai ficar por aqui. Conseguiu captar o interesse de muitas entidades, principalmente o Exército, a Marinha, o SIRESP e a GNR."