Estudantes de Engenharia Aeroespacial organizam competição internacional de foguetões reutilizáveis

Primeira edição em Portugal da ‘Airbus Sloshing Rocket Workshop’ foi organizada pelo núcleo de Estudantes de Engenharia Aeroespacial do Técnico (AeroTéc), com apoio logístico da Força Aérea Portuguesa.

Entre 9 e 15 de agosto, o Instituto Superior Técnico acolheu as cinco equipas finalistas do Airbus Sloshing Rocket Workshop, competição internacional organizada este ano pela primeira vez em Portugal, ficando a cargo do Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico (AeroTéc), com o patrocínio da empresa Airbus.

A prova pretende, desde 2019, simular as condições vividas por veículos aeroespaciais reais através da construção de modelos de baixo custo movidos à pressão de água e com materiais reutilizáveis, com especial foco na mitigação do sloshing – o movimento de líquidos em tanques parcialmente cheios, fenómeno que ocorre em diversas aeronaves, gerando forças e movimentos que perturbam a estabilidade e controlo do veículo.

Esta edição da competição contou com mais de 150 estudantes e com um número recorde de equipas inscritas, totalizando 30. No campus Alameda do Técnico, para as atividades de desenvolvimento dos rockets, estiveram as cinco equipas finalistas, com estudantes provenientes das universidades de Bolonha (Itália), Berlim (Alemanha), Delft (Países Baixos), Cairo (Egito) e Gebze (Turquia).

O evento final decorreu no dia 14 do mesmo mês, na Base Aérea n.º 1, em Sintra, contando com o apoio logístico da Força Aérea Portuguesa, que também cedeu o espaço. Neste último dia de competição, a equipa italiana atingiu o lugar cimeiro, alcançando um voo com uma distância recorde de 26 metros na horizontal.

Alexandre Couto, aluno do Mestrado em Engenharia Aeroespacial do Técnico, destaca que “o evento promove colaborações entre empresas líderes da indústria aeroespacial e estudantes” e deixou elogios à prestação do AeroTéc enquanto entidade organizadora. “O Núcleo enfrentou muitos desafios, desde a escolha do local de lançamento até à identificação das necessidades pessoais de cada participante, além da gestão financeira”, enumera. Rodrigo Ferreira, estudante do mesmo curso, sublinha “a aproximação da comunidade académica junto da indústria e forças armadas” como “um grande ponto positivo” do evento.

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